sábado, 17 de março de 2012

Le.Corbusier.-..The.Cloister.La.Tourette

Uma das mais belas defenições de Arquitectura que já li encontra-se no livro " O nome da Rosa " do escritor Umberto Eco, no fim da prima Hora do Primeiro Dia.

"Porque a Arquitectura é entre todas as artes aquela que mais ousadamente procura reproduzir no seu ritmo a ordem do universo, que os antigos chamavam Kosmos, isto é, ornado na medida em que é como um grande animal sobre o qual refulge a perfeição e a proporção de todos os seus grandes membros. E louvado seja o Nosso Criador que, como diz Agostinho, estabeleceu todas as coisas em número peso e medida"

Umberto Eco in o nome da rosa; ( tradução Maria Celeste Pinto ) coleccção mil folhas- público, Pag.28- Maio de 2002


La Tourette
Existem obras Arquitectónicas, que tenho um profundo desejo de conhecer verdadeiramente, isto é situ.Pois apenas no edificío é possível ir conhecendo a obra.
Os desenhos, fotográfias e os videos, ajundam e muitas vezes a estabelecer pré-conceitos, ideias formais em relação a uma determinada obra de arquitectura, mas na relação com desenhos, fotose videos sendo possível conhecer a forma e impossível vivênciar a espacialidade, sentir o ambiente num determinado contexto espaço-tempo.

Uma dessas obras por diversos motivos é o convento de La Tourette, um projecto do arquitecto Suiço naturalizado Francês Le Corbusier.
No inicio do século, sensivelmente na altura em que li pela primeira vez o nome da rosa, e em que iniciava o meu secundário indeciso entre pintura, arquitectura e a vida de militar, vi pela primeira vez uma série de documentários sobre obras de arquitectura de determinados arquitectos em espanhol na TVE2, e um desses documentários foi este. Talvez tenha influênciado a "louca" opção de seguir Arquitectura como caminho.




Nem passaram 10 anos; parece que foi noutra era. Onde a internet era rara e cara ligada ao telefone, estando sempre a cair.

sábado, 3 de março de 2012

Cheio e Vazio

" Reunimos trinta raios e os chamamos de roda;
Mas é do espaço onde não há nada
que a utilidade da roda depende.
Giramos a argila para fazer um vaso;
Mas é do espaço onde não há nada
que a utilidade do espaço depende.
Perfuramos portas e janelas para fazer uma casa;
e é desses espaços onde não há nada
que a utilidade da casa depende.
Portanto, da mesma forma que nos aproveitamos daquilo que é,
devemos reconhecer a utilidade do que não é."

Lao-Tzu
Tao Te Ching - Século VI a.c



Centro de Interpretação dos Capelinhos - Projecto de Arquitectura do Arq. Nuno Ribeiro Lopes